quarta-feira, 28 de maio de 2014

Berlin Big 25 - Por Ana Krueger


E o post de hoje é da querida e já conhecida Ana Krueger @anakrueger! Ela veio de uma fase dura lutando contra a Asma e algumas alergias, foi pra Berlin correr os Big 25 e conseguiu vencer todas as barreiras e fazer uma linda prova!
Vale a pena ler...e pelo visto essa é uma prova que merece entrar nos planos para o próximo ano!


 Berlim é uma cidade muito especial. Além de ser a capital da Alemanha e uma das cidades mais "cool" da Europa, ela também é uma das queridinhas dos corredores! Lá acontece em setembro uma das majors marathons. A maratona de Berlim é concorridíssima!

Sempre tive uma ligação muito especial e pessoal com Berlim: é a maior cidade da Alemanha, cosmopolita, dinâmica, atrevida, hippie, elegante, cult e muito democrática. Lá é onde tudo acontece: a sede do governo, as melhores exposições, Fashion Week, Festival de Cinema(Berlinale, adoro!), noite agitadíssima, Maratona... Berlim é um marco histórico na vida dos alemães. Quando ouvi a respeito desta prova e vi o percurso, quase pirei! Ela abrange uma grande parte do percurso da Maratona e passa por vários pontos históricos/turísticos da cidade. Não hesitei em me inscrever. A certeza que essa corrida seria inesquecível, veio em janeiro, quando assisti no cinema um filme alemão chamado "Sein letztes Rennen". Ele conta a história pessoal de um velhinho maratonista, que luta contra o desejo de todos e decide correr a Maratona de Berlim. É um filme lindo e emocionante. Quando vi a emoção dele chegando lá no Estádio Olímpico, tive a certeza que também queria viver esse momento.

Depois de correr 3 meias, me senti preparada pra encarar o desafio dos 25k. Como boa alemã, me inscrevi com uma boa antecedência para a prova e, segundo o planejamento, iria chegar arrebentando lá. Mas no meio do caminho sempre existem imprevistos. Fui pega por diversos pequenos problemas de saúde que juntos viraram uma bomba e foram minando meu desempenho nos treinos e comecei a ter baixas nas provas. Pra completar, fui para o Brasil e fiquei 4 semanas por lá, tentando me recuperar e acabei encontrando mais um empecilho para o treinamento: o calor intenso. Cheguei em casa mais recuperada mas, demorei muito pra pegar o ritmo de treino. Estava totalmente desmotivada pra correr. Correr em Berlim ou em qualquer outra ocasião. Tive muita vontade de desistir. Muita mesmo. Fui mesmo assim. Estaríamos em um grupo bacana: Lili(@projetolilika21k), Detlef(@powertower007) e meu marido companheiro de todas as horas(@oschatz) e, decidi ir fazer um sightseeing durante a corrida( pra quem nunca me viu correndo, aviso que sou corredora paparazzo: se vejo alguma coisa linda, espetacular, um momento Kodak, não hesito em sacar meu celular e clicar o momento!) e curtir o percurso.




 Chegamos em Berlim na sexta e, fomos surpreendidos por um frio colossal. Aproveitamos para buscar nossos kit nesse mesmo dia. A entrega foi feita na Karstadt Sports, uma loja esportiva gigante. Tudo super organizado, sem apertos, sem stress. Ainda consegui comprar uma camiseta e encomendar a gravura na medalha. Com os BIBs nas mãos, veio a seguinte preocupação: o que vestir! Óbvio que ninguém estava contando com tanto frio!
No domingo, tomamos um café da manhã reforçado e partimos em direção ao estádio Olímpico. O trem estava já estava cheio de corredores e daquela tensão pré-prova no ar.
Deixamos a sacola no guarda-volumes e começamos nossa sessão fotográfica "gazelistica". Apesar da prova contar com pouco mais de 11 mil participantes, a largada foi super tranquila e sem contratempos. Nada de apertos, de paredões, de confusão.
Berlim é simplesmente um espetáculo para provas de corridas: avenidas planas, largas e cheia de coisas bonitas para se ver. A desvantagem: venta muito naquela cidade!!!
As ruas em volta do estádio não possuem muitos atrativos e foi bom pra dar uma acelerada. No km 5 veio o primeiro posto de água e, eu me engasguei bebendo e perdi meu companheiro Detlef na massa. Logo em seguida a vista começou ficar interessante veio o portão de Charlottenburg, o Tiergarten, a Siegesäule e o famoso portão de Brandeburgo! Gente, muita emoção atravessar aquele portão!!!


O percurso seguiu em direção uma das áreas nobres da cidade(que fica na parte leste), passamos pela Unter den Linden, diversas embaixadas, Friedrichstrasse... Fomos seguindo em direção à Potsdamer Platz, com todas as novas construções e um dos meus 'favorites': a girafa de Lego no Sony Center!



Novamente veio um ponto muito chatinho da prova, uma área cheia de prédios comerciais, com poucas pessoas nas ruas. Começou a bater o cansaço. Já estava próxima do km 15. Lá, encontrei o Schatz pela segunda vez. Ele deu uma corridinha comigo por uns 300 metros, me animando e enchendo meu coração de alegria! Tomei um carbogel pra dar um pique e logo veio o terceiro ponto de abastecimento. Como era tudo muito espaçoso, não tive problemas em pegar água, não escorreguei nem trombei em ninguém, como costuma ser comum em provas grandes. O único ponto negativo: não vi isotônico em nenhum posto! E, vou confessar que fez muita falta. Segui em frente e chegamos à próxima área nobre(que fica na antiga parte ocidental) e animada da prova: Kurfürstendamm! Lá está a loja de departamentos KaDeWe, a  Kaiser Wilhelm Gedächtniskirche (uma igreja com a torre destruída durante a guerra), muitas lojas e pessoas animando o pessoal. A saída da Ku'damm era a reta final da prova. 6km até a chegada!! Eu simplesmente não acreditava no meu Garmin, estava correndo num super pace e, se me mantivesse assim, conseguiria bater meu RP na meia sub2h! Foi aí que tudo começou a andar pra trás. 2km à frente comecei a sentir muita dor no peito por conta da asma. Parei, respirei fundo, usei a bombinha e segui em frente com um pace mais alto. E, numa ponte que passava sob a Messe Berlin, minha panturrilha começou a dar sinais que eu ia ter uma cãibra das bravas. Comecei a correr mais devagar, trotei mas não resolveu: no km 20 eu estava me contorcendo de dor, tentando alongar. Parei 3 vezes pra alongar. Perdi minutos preciosos. Passei pelo relógio da meia 2:04:11. Ainda não foi desta vez. Sabia que o fim estava próximo. Entramos numa descida e lá no fim já dava pra ver o símbolo olímpico: o coração começou a bater mais forte e comecei a lutar contra as lágrimas. Demos uma volta de quase 2km até chegar ao túnel que leva ao estádio. Ao entrar nesse túnel, já dava pra ouvir a banda de percussão e o burburinho do estádio. Eu estava toda arrepiada! Não dá pra descrever em palavras a energia daquele lugar gente!!! Ao sair naquela pista azul e ver o público gritando, a alegria dos corredores no telão, a faixa de chegada(Ziel) não consegui mais me segurar. Saiu meu sorriso mais sincero, minhas lágrimas de emoção. Eu consegui! 25 km!!!



Não estava nas minhas melhores condições físicas ou psicológicas, travei muitas batalhas contra o fantasma da desistência durante os treinos, lutei contra a falta de ar, o frio, a cãibra. Minha cabeça voltou a funcionar. O prazer de correr voltou. Eu não quero competir com ninguém, ou ser melhor que alguém. Quero poder me divertir, sentir a energia e o apoio daqueles que como eu, encontram um tempinho pra treinar nas horas de lazer, tem prazer de correr, te dão  um sorriso, um olhar, uma palavra motivante, um tapinha nas costas nos momentos mais lentos ou de dor.
Berlim, sua linda, mais uma vez você me surpreendeu!"



 

 
Beijos
Ana Krueger
@anakrueger

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domingo, 25 de maio de 2014

Os 20 Km de Bruxelas - Por Renan Rosa

E o post de hoje é muito especial!  É um post escrito pelo meu marido querido, que há 5 meses atrás se dizia "sem paciência para a corrida"...
Em Janeiro deste ano ele decidiu começar a treinar pra fazer a Meia Maratona de Barcelona comigo, o que foi ótimo! Passei a ter companhia nos longões pré Maratona!
Ele não só arrasou na Meia de Barça como foi picado pelo bichinho da corrida e agora arrasa nas pistas e está voando!!!
Hoje ele fala sobre os 20km de Bruxelas e o exemplo de garra e dedicação que ele deu pra terminar essa prova!!!

¨Nos inscrevemos pra correr os 20 km de Bruxelas porque por coincidência estaríamos na Bélgica no dia da prova. Fomos encontrar um casal de amigos brasileiros em Amsterdam e fizemos uma viagem passando pela Holanda e Bélgica ( Antuérpia, Brugges e Bruxelas).

Como já sabíamos, não era uma prova pra forçar, até porque seria no final de uma viagem de férias, com rotina de alimentação e treinos não tão regradas, mesmo assim fomos pra nos divertir.
A "Maratona" começou cedo, dormimos de sábado para domingo em Brugges, acordamos as 5h da manhã, pegamos um trem pra Bruxelas e fomos pegar nosso número de Peito e chip. Por volta das 7h40 já estávamos com tudo em mãos, os organizadores da prova foram muito atenciosos conosco, como perdemos o timing pra nos inscrevermos pela internet, enviamos um e-mail pra eles e conseguimos fazer uma reserva antecipada e no dia mesmo ir retirar o kit!

Logo em seguida, fomos procurar um lugar pra tomar café da manhã, demoramos, mas encontramos um Hotel, tomamos um ótimo café da manhã e terminamos de nos preparar.


Fomos ao guarda volumes guardar nossas coisas e aí uma surpresa um tanto estranha, pelo menos pra nós Brasileiros.. Não existiam pessoas cuidando das bolsas, ou armários, nós simplesmente entrávamos em um galpão e deixávamos nossas mochilas em cima de cadeiras, estávamos com passaporte, carteira, Ipad, etc... Tentamos então perguntar para alguém se realmente deveríamos largar as coisas ali, não havia ninguém da organização que falasse inglês, que para uma prova internacional foi um pouco surpreendente, os 20km de Bruxelas tem mais de 40 mil inscritos... Depois de um bom tempo procurando alguém para nos informarmos que falassem inglês encontramos um casal de ingleses que confirmaram que teríamos de deixar as coisas ali mesmo, eles também acharam estranham mas falaram: ¨We are all runners, should be fine¨... E realmente foi tranquilo, ninguém mexeu nas nossas coisas!




Voltamos para o local da Largada que era lindíssimo por sinal; (como chegamos muito cedo e viajamos até lá os organizadores nos deram um número de peito com direito a entrada na primeira onda de largada) então lá fomos nós.

Os blocos foram divididos em 4 tempos: 1h30, 1h45, 2h00 e 2h15. Estávamos bem cansados, e nos perguntamos algumas vezes se deveríamos estar ali pois a semana havia sido exaustiva, eu havia esquecido meu Garmin e meu fone de ouvido, a única forma de monitorar o meu tempo durante a prova seria olhando no celular, que é a coisa que eu mais odeio na prova, sempre me atrapalho para tirar o aparelho do porta celular de braço, mas lá estávamos, afinal, como sempre acontece nos contagiamos muito pelo clima da prova, eu adoro a energia, acho que é por isso que cada dia gosto mais e mais desse esporte!




Eu e a Marcela não faríamos a prova juntos, ela queria ir bem tranquila,  e eu  apesar da longa semana queria fazer um tempo abaixo de 1:50, minha próxima meta e fazer uma meia sub 1:50, se conseguisse fazer os 20km nesse tempo estaria ótimo!

Largamos, logo após a largada já tivemos uma descida seguida de uma subida, ai percebi que não havíamos mesmo nos programado para prova, não checamos a altimetria da prova corretamente, o que é um grande erro! Tentei não olhar o celular o tempo todo para não me atrapalhar, como larguei no pelotão da frente estava indo no ritmo das pessoas que estavam junto comigo, não vi as placas de 1km e 2km apenas avistei a primeira placa no 3km junto com a primeira hidratação, resolvi checar o meu tempo então e estava com um pace de 4:49 nos primeiros 3km, decidi ir mais leve, não tinha ideia que estava rápido assim. Bom ai começou a batalha, tivemos 3 tuneis pela frente, e como todo túnel, você desce... e sobe... os tuneis eram longos e silenciosos, não gostei muito dessa parte da prova.

Passado essa parte da prova mais algumas subidas e descidas mas estava me sentindo bem, tomei o primeiro gel no 7km a hidratação estava ótima, praticamente a cada 3km havia um posto. Uma coisa que gostei muito dessa prova em Bruxelas, haviam muitas pessoas correndo com crianças com algum tipo de deficiência em cadeiras de roda, eu adoro isso, toda vez que passava por uma dessas pessoas eu batia palma e incentivava, acho isso maravilhoso, conseguia ver sorriso delas e que me motivava muito!

Passei os primeiros 10km um pouco cansado mas muito bem, no meio da prova tivemos distribuição de isotônicos, completei os primeiros 10km um pouco acima de 0:51, estava surpreso com o tempo, se conseguisse manter esse tempo conseguiria com calma fazer a prova abaixo de 1:50. E assim fui indo km a km até o 15km quando cruzei a plaquinha a 1:17, um pouco cansado mas tranquilíssimo para completar bem a prova - e ai começou meu pesadelo.

Comecei a sentir um pouco o pé e decidi abaixar um pouco o ritmo, o que de nada adiantou, tive uma câimbra terrível, de repente comecei a mal conseguir colocar o pé no chão e tive que parar, a dor estava insuportável! Encostei primeiramente em um casa, e comecei a me alongar e tentei seguir novamente, sem sucesso, corri/caminhei por mais uns 300 metros e parei novamente, a dor estava insuportável, tirei meu tênis e fiquei bem preocupado, meu pé estava duro, completamente travado, nessa segunda parada uma moça tentou falar comigo para me dar força, ela viu o estado do meu pé, infelizmente não conseguimos nos comunicar pois ela falava apenas em francês.

E assim fui nos quilômetros seguintes, andando pelos cantos da prova, vi o pacer de 1:45 passando por mim e que me deixou ainda mais frustrado, algumas crianças tentavam me apoiar, mas realmente não conseguia mais pisar. Quem corre sabe, provas um pouco mais longas, sempre terão momentos que a prova passa por locais ¨desertos¨, eu estava exatamente em uma dessas partes, pensei em desistir, mas não tinha, metro, ônibus, taxi, nada perto - a única saída era realmente continuar. e assim fui indo, fiz o 16km e 17km bem acima de 8 minutos (acredito que foram bem acima disso, já que o Nikerun para quando você esta parado, e eu alonguei muito!), rastejando pelo canto, queria me ver longe dali e a única forma seria correndo, não tinha como!

Próximo ao 18km, um corredor passou por mim e disse ¨COURAGE¨, é incrível como são essas coisas, ele me passou uma boa energia, parei mais uma vez tirei o tênis, alonguei levantei a cabeça e disse, vou acabar e vai ser correndo, e assim fui até o final, consegui encaixar um pace melhor,  medida e a posição certa para o pé e assim fui até o final, nesse momento mal olhava para os lados, já estava com o celular na mão, monitorando cada metro, cada quilometro, no 19km já era possível ver a praça de chegada distante, o que foi mais um gás para continuar, assim segui, metro a metro até o final.

Cruzei a linha de chegada, a dor era surreal, estava muito preocupado em estar seriamente lesionado, comecei a pensar o que poderia ser, quanto tempo ficaria sem treinar. Arrastei a perna até pegar a medalha, mais uma garrafa e as frutas, estava aliviado, frustrado pelo tempo mas ao mesmo tempo feliz e orgulhoso por ter concluído com todas as adversidades!

Não podia confiar no tempo do Nikerun, pois como disse acima o app pára quando você não está em movimento, o tempo oficial foi 1:56, fiquei triste quando recebi o certificado pois sabia que poderia ter ido melhor, mas pensei também: Porque eu corro? Eu corro para me divertir, para me superar, para me manter saudável, para conhecer gente bacana, sentir a energia nas provas e por ai vai, quero fazer tempos bons? Sim, sem dúvida, mas não será sempre que isso acontecerá, é importante tirar aprendizados de todas as coisas que passamos e essa prova me mostrou algumas coisas.

O que essa prova me mostrou:

Não adianta, pelo menos para mim, semana de prova tem que ser regrada, comendo certo, dormindo bem e principalmente, sem bebida - Estávamos com amigos vindo do Brasil, turistando, dormindo tarde, acordando cedo, para mim, pelo menos, não tem como, semana de prova, a semana é da prova!

Altimetria: Não me preparei para todas as subidas e descidas de Bruxelas, eu e muita gente, essa foi sem duvida a prova que mais vi gente passando mal, vi muita ambulância, muita gente parando, não sei se o motivo foram as subidas, mas essa prova é dura!

Foi a segunda vez que estive em Bruxelas, essa prova me mostrou uma coisa que aprendi depois que comecei a correr provas longas - Quer conhecer bem um lugar? Vá conhecer correndo! Não falei muito das paisagens, eu conheci uma nova Bruxelas durante essa prova, um lugar lindo com muitas coisas bonitas para se ver, da primeira vez que estive lá, tinha achado um lugar chatíssimo e sem graça, dessa vez minha experiência foi muito diferente! Hoje, toda vez que viajo eu vou correr, não apenas para manter o treino, mas para conhecer aquele lugar que passarei alguns poucos dias e que possivelmente não voltarei mais, recomendo a corrida para isso sem duvida! E em relação a os 20km de Bruxelas, é uma prova dura, subidas descidas, piso irregular em alguns momentos, se eu recomendo? Sim, é uma prova bonita, boa hidratação, organizada (com exceção das poucas pessoas que falam inglês). É uma prova imperdível? Não, não é, não me deslocaria novamente para ela.

Bom, voltando... Voltamos ao ¨guarda-volumes¨ e tudo estava realmente lá, intacto como havíamos deixado, pegamos nossas coisas e fomos para o metro, arrastando a perna a assim fomos até o hotel, quando tirei meu tênis, eu, Marcela e nossos amigos que haviam acabado de chegar a Bruxelas ficamos assustados, o pé tinha uma bola dura, saímos para comer e eu arrastando a perna, mas por sorte não era nada mais sério, 2 dias e praticamente não tinha mais dor.

Não treinei essa semana toda, hoje fiz um treino leve de 12km e não senti absolutamente nada, fiquei muito feliz que não me lesionei mais gravemente, agora é continuar meu treinamento pois temos uma meia no fim de junho e lá quero ser sub 1:50!



Grande Abraço,"

Renan
@renanrosa

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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Os 21km da Rock´n Roll Madrid - Por Cláudia Suguiuti

Hoje o relato é da Claudinha! Uma querida que também conheci pelo instagram e que todo ano se prepara e vem pra Europa correr 21 kms!
No final de Abril ela veio correr a Rock´n Roll Madrid, que é uma prova incrível, com percursos de 10, 21 e 42 km.
A prova tem muita música durante o percurso e um show bacana no final, ela acontece em vários locais nos EUA e aqui na Europa também em : Lisboa, Nice, Dublin e Liverpool.
Segue o relato com a experiência dela durante essa prova.

Claudia, muio obrigada e parabéns!!! :)

        "Comecei a gostar de corrida há mais de 20 anos na faculdade quando, para me enturmar, entrei para associação atlética e para equipe de atletismo. Nunca fui destaque nas competições estudantis e acabava mesmo fazendo parte da organização dos eventos esportivos.
        Com o início da residência médica vieram os plantões massacrantes e me afastei um pouco dos esportes. Até que há mais ou menos 10 anos fui chamada pela academia para participar de uma prova de revezamento, foram só 5 km mas eu quase morri. A partir dai voltei a sentir o prazer e a adrenalina de simplesmente correr!! A ideia de vencer não os outros competidores, mas seus próprios limites é um dos fatores que mais me encantam até hoje. Então não esperem um relato de corrida de uma super atleta, no máximo de uma dedicada e apaixonada esportista.
        Depois de várias corridas de 10 km, encarei a primeira prova de 21 km (a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro em 2009), aí encontrei minha distância preferida e me apaixonei (ainda não tive a coragem da Marcela de encarar uma maratona inteira).  Meu relato será sobre minha décima meia, a Meia Maratona Rock and Roll Madrid que aconteceu dia 27/04/14!
        Tenho o privilégio de ter amigos que dividem o amor pela corrida e pelas viagens, então todo ano escolhemos uma prova por aí e todos se organizam para ir. Mesmo aqueles que não correm vão apenas para dar apoio moral! Este ano fomos em  11 pessoas, 5 correriam a meia maratona, 3 os 10 km e os demais seriam equipe de apoio e torcida.
        Chegamos a Madrid na sexta feira (25/04) bem cedo, como não pudemos fazer o check in no hotel, deixamos as malas e fomos dar uma volta de reconhecimento e pegar o kit. Bem, aí começou o problema... Vocês conhecem Madrid? A cidade é linda!!!! Não dá vontade de parar de andar conhecendo os pontos turísticos. E a vontade de experimentar todos os tapas e vinhos?  Neste ponto precisei ser forte, não podia correr o risco de problemas gástricos na véspera da prova....
        No fim da tarde fomos retirar os kits na feira da prova. Parece que entrar ali já faz subir a adrenalina! Havia stands para retirada do numero de peito e chip, outro para a sacola com brindes e outro para a camiseta. Tudo bem organizado e sem filas. Depois, sem negar o lado feminino consumista, nos acabamos em comprinhas nos stands: tênis, roupas, acessórios, etc.
        Conclusão, voltamos para o hotel por volta das 23 hs.... Pés inchados e panturrilhas doendo após caminhar mais de 12 hs e o arrependimento ao lembrar da corrida....
        Sábado resolvemos pegar mais leve e fomos a “só”  2 museus e mais algumas atrações turísticas.... Conseguimos resistir e voltamos mais cedo para o hotel para descansar, onde nos esperava um novo obstáculo, o fuso horário...quem disse que consegui dormir...novo desespero....
        Domingo acordei com muito sono,  mas animada, com aquela alegria pré prova que só quem corre sabe. Fomos a pé para a Praça de Sibeles onde seria a largada, um dia lindo mas frio, principalmente para nós que não somos acostumados a 8°C, os europeus de shorts e camiseta e eu quase congelada...rs.  Mas após o início da corrida, a temperatura subiu para 11°C, ficando um clima muito agradável.
O percurso passava por muitos pontos turísticos da cidade e por bandas de rock, confesso que nem escutei minhas músicas no ipod, pois preferi escutar as bandas ou simplesmente curtir a torcida do povo quando passávamos ou trocar algumas palavras com outros participantes. Foi uma diversão!
        De ponto negativo, achei que havia poucos pontos de hidratação, aproximadamente a cada 5 km e uma subida no final que quase me quebrou...
        Na chegada, mais musica e a alegria de terminar mais uma prova! A previsão era que fizesse acima de 2h15m (estou voltando de uma lesão) e consegui fazer 2h09m!!!!!!  E sem dor!!!  E mais uma medalha no peito (linda por sinal) com a certeza de ter vencido mais um desafio.
        Aí foi só alegria, muitas risadas, tapas e vinhos com boas companhias na linda Madrid! Gostamos tanto que já estamos a procura do novo desafio aí na Europa! Vale muito a pena!"
 


 

Cláudia Suguiuti
@claudinhasuguiuti

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segunda-feira, 19 de maio de 2014

A Maratona de Santo Antonio de Pádua - Por Iana Knak

E o post de hoje é muito especial, conta uma história linda de superação de amor pela corrida vivida pela Iana. Brasileira guerreira que mora na Itália e correu sua primeira Maratona no dia 27 de Abril.
Vale a pena ler...é inspirador!!!

"Sou nascida e criada no Sul do Brasil, advogada de profissão, amante da culinária, hoje mais dedicada à culinária saudável e, corredora por paixão. Há cinco anos não resido mais no Brasil, em virtude da carreira profissional do meu marido, em 2009 fomos transferidos aos EUA. Já hoje, há quase um ano fomos transferidos de lá para a região de Veneto, Itália, aonde então, residimos.
 
Ao chegar nos EUA tomei um grande choque, acho que por algum tempo, passei por estágio de total “pause” na minha vida. Longe de tudo que era familiar ao meu dia-a-dia, inglês muito, muito básico, posso dizer que não entendia 95% das coisas que me eram ditas...sociedade, cultura, tudo diverso da minha à época, então, habitual rotina, família, amigos, distantes por um continente inteiro. Sentia-me perdida dentro de mim mesma.
 
Eu sempre gostei de atividade física, a vida toda pratiquei algum esporte, mas correr, jamais tinha praticado com dedicação, nem sabia todos os males que correr curava. Duas coisas, então, transformaram a minha vida naquele ano. A primeira foi assistir ao filme Julie & Julia, protagonizado pelas maravilhosas Meryl Streep e Amy Adams. Eu já gostava e cozinhava muito, mas o retrato da vida perdida de Julie lembrava a minha, então comprei, como ela, o livro da Julia Child “Mastering the Art of French Cooking”, criei um álbum na época no Orkut, depois no Facebook e Instagram chamado “I love Cooking” aonde passei a postar fotos dos meus pratos, dos meus testes na cozinha e das receitas que consumiam até 28horas de dedicação.
 
Entretanto, algo ainda apertava meu peito, sentia-me ainda muito ansiosa, por vezes ligava para minha mãe no Brasil via Skype, deitava frente ao computador só para chorar junto a ela. Então a Faculdade onde eu cursava inglês para estrangeiros iria entrar de férias e precisam de pessoas para limpar os dormitórios dos estudantes. Eu me ofereci, precisava estar fora de casa, ter contato com a língua, fazer algo por mim. Como ao meu ver todo trabalho justo é louvável, fui sim fazer faxina. Um outro Brasileiro que estudava na Faculdade e também trabalhava comigo na escola e era jogador de futebol, convidou-me para começar a frequentar a academia pós trabalho e, prontamente pensei, talvez isso que me falte. Fui. Ele tinha uma meta, correr 2 milhas (3.2km) em 12 minutos, pois este era um dos testes realizados no início da temporada de futebol. Quando então, eu decidi correr também.
 
A partir daquele momento, correr transformou-se na “droga” da minha vida. Minha primeira corrida durou 5 minutos, velocidade: 8.5km/hr. Eu fiquei realizada, sorria de orelha a orelha e estava certa de que havia encontrado a cura das minhas dores. A minha vida mudou completamente depois daqueles 5 minutos, da mesma forma que a gente muda, quando os olhos encontram aquela pessoa que o coração procura.
 
Um ano depois, ainda sem orientação, decidi que gostaria de correr uma meia maratona, aumentei demais a demanda do corpo e acabei com uma “stress fracture” horrível no pé direito, meu calcanhar trincou ao ponto de ficar preso em uma pontinha de osso. Isso rendeu-me 11 semanas de muletas, engessada, uma alergia tenebrosa no pé em virtude da resina. Depois, 2 meses de muita fisioterapia, dor, e outros 2 meses para voltar a correr 20 minutos. Neste meio ano, a depressão voltou, não queimava energia suficiente, chorava olhando para meus tênis e ouvindo que talvez longas distâncias não eram para mim. Mais um sonho que parecia escorrer entre meus dedos. Eu lembro disso tudo e ainda choro. Era época de tornados, meu esposo viajando a trabalho de duas em duas semanas, lembro de uma ocasião que a chance era 8/10 de um tornado passar pela cidade e eu só chorava como chegaria ao subsolo em tempo. Ele bateu num campo aberto próximo, mas não nos atingiu, dormi orando aquela noite.
 
Passou. Como tudo na vida, estas tempestades também passaram. Voltei a correr. Da estaca zero ao ponto em que eu já havia chego, agora, orientada por ortopedista, fisioterapeuta, nutricionista. Em um treino pós chuva, porém, fui saltar uma poça d’água, era o km 10.  Resultado foi parcial ruptura do tendão flexor da perna esquerda. Fisioterapia de novo, outros dois meses de dor e sem correr. “Eu não vou desistir, eu vou vencer isso tudo”.
 
Aqui, estávamos em 2013 e, veio a transferência para a Itália e minha meia maratona.... ainda nos planos. Cheguei a Itália e meu pai foi hospitalizado, já havia incontáveis e inomináveis problemas de saúde. Tudo indicava que era grave, eu não podia aceitar tão pouco acreditar. Eu pensei, “Deus, eu vou ficar louca”. E Ele me deu mais força para correr. Inscrevi-me em uma meia maratona dedicada ao meu pai. Dia 16/8 veio o diagnóstico de um câncer gravíssimo, dia 1/9 corri às lagrimas minha primeira meia maratona com uma plaquinha dedicada a ele, comemoramos juntos pelo telefone: “pai, corri para você e essa energia toda vai para sua cura”. Ele chorou, choramos de emoção.
 
 
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Dia 10/9 ele veio a falecer, quando eu estava a um dia do embarque ao Brasil para vê-lo. Eu recebi a notícia madrugada, num quarto de hotel na Alemanha. Eu nunca senti uma dor como aquela. Na manhã seguinte, eu vesti meus tênis, um frio de 5 graus com chuva, corri por 10Km chorando a minha dor. De novo, mais uma vez, a corrida me salvou.
 
Decidi que por ele, eu iria mais longe, eu iria correr uma maratona. Em novembro comecei uma preparação de força e aumento gradual de quilometragem. Em 8 de janeiro iniciei as 16 semanas de treinamento intenso para correr a minha maratona, marcada para 27/4/2014 em Padova (Pádua). Uma maratona tradicional da Itália que percorre o último trajeto caminhado por Santo Antônio antes de sua morte em 1231 D.C.
 
Foram muitos, mas muitos os dias em eu perguntei o que eu estava fazendo comigo, o treinamento da maratona é absurdamente cansativo. Havia dias em que eu sentia-me totalmente sem forças, então, atava os tênis, conversava comigo mesma e com o céu e, corria de novo. Corri muitos dias olhando para o céu, pedindo que meu pai segurasse meus braços para me manter de pé e seguir em frente. Mantinha comigo, toda a dor que ele sentiu lutando pela vida, “eu quero, eu posso, eu vou terminar esse projeto”. Chegava em casa com a alma renovada.
 
Fevereiro, segundo mês de treino intenso, o pior. 19 corridas, 251km percorridos os quais terminei com canelite aguda nas duas pernas e, que me maltratava do momento que eu pisava fora da cama, ao novamente deitar. “Eu não vou desistir, desistir não é opção”. Comprei um outro par de tênis, entrei em uma escola de corrida, passei a fazer mais Pilates, iniciei Yoga para corredores, diminui velocidade e distância, fiz promessa, chorei, gastei quilos de arnica, e segui meu caminho.
 
Devido a inflamação, meu treino mais longo foram 30Km. Todavia, eu firmei meu pensamento que, se eu chegasse nos 30Km e não pudesse correr mais, eu caminharia, mas não pararia, eu terminaria aquela prova. Eu colocaria mais amor, mais coração, eu sabia que não estaria sozinha.
 
A canelite deu uma trégua na semana da maratona. Status: 80%. Eu não reclamei, agradeci a melhora e passei a semana ansiosa planejando meu grande dia. Pensava na corrida, imaginava a linha de chegada e a emoção tomava conta de mim. Por mais que se queira é impossível não deixar a adrenalina tomar conta. Controlei as horas, os minutos. Durante os últimos dez dias, acompanhava a previsão do tempo 10 vezes ao dia, pois marcava chuva para a data.
 
Dia 26 o dia estava lindo, parecia impossível que aquilo iria mudar. Fomos a Padova e a retirada do meu Kit já me arrancou sorrisos e lágrimas. Aquilo tudo era real. Eu havia chego até lá e, agora, já não importava mais, CHOVA, é meu momento, foram quatro meses treinando de 6 a 7 dias por semana, mais de 1000km em treino, horas de musculação... que CHOVA. E, o tempo realmente virou. Dia 27/4 amanheceu nublado, 12 graus. Dormi muito pouco, a ansiedade era demais, conquanto não senti o peso da falta de sono, a felicidade de estar ali, de pensar que em algumas horas eu seria maratonista, era tudo tão intenso que nada tirava meu foco.
 
Chegamos na largada, dei um beijo no meu esposo que é meu tudo, meu grande apoiador, meu companheiro e disse: “nos vemos no km 32 em três horas”. Naquele ponto ele ia entregar um gel extra e uma água de coco.
 
Largamos. Meu Deus, aquele batalhão de pessoas, eu podia ouvir o coração daquelas pessoas, a respiração profunda e ansiosa. Estávamos todos ali por razões distintas, mas unidos por um objetivo comum “vencer nossos limites e concluir os 42.195metros”.
 
Até o Km 21 eu mantive o pace que eu havia planejado, entre 5’30”e 5’45”, cruzei a meia maratona em 1:56’. Antes de completar o km 22 o céu veio a terra, era quase impossível ver a frente de tanta chuva, meu boné manteve meus olhos livres d’água, mas só. Em segundos meu tênis estava encharcado, sentia-os como um par de tijolos a serem arrancados do solo. Foram cerca de 5 Km abaixo de chuva. Meu pace e todos que estavam no mesmo ritmo que o meu caiu muito. Aquele momento bateu-me uma angústia muito grande, eu senti o cansaço, tênis espirrando água. “Iana, parar não é opção”.
 
A chuva passou e mantive o pensamento, agora, foque-se que em poucos quilômetros o Léo aguarda-a, ele vai trazer-te mais energia e você vai concluir a prova. Eu não parei nem para beber água, pegava uma garrafinha e seguia, um gel a cada 8km, no km 21 extras 3 BCAA e vamos embora. Encontrei meu Léo no Km 31 e vê-lo fez toda a diferença, eu não podia desapontá-lo, ele estava ali, meu pai  todo o minuto ao meu lado, tantas pessoas haviam enviado energia, minha mãe, irmãos, meu irmão fez uma play especial para a ocasião, minha irmã passou dizendo “você já é uma vencedora”, meus amigos motivando. “Iana, daqui em diante são apenas 11km, a corrida começou agora, vai”.
 
Por volta do Km 33 o mundo desabou novamente, era muita água. A umidade a 100% minhas mãos incharam de uma forma que eu não conseguia dobrar os dedos. Então eu orei, a cada quilometro eu orei, eu pedi por forças, eu pedi perdão por tudo que deixei de fazer ou não fiz bem, eu ergui meus braços aos céus e supliquei:” Pai, me carrega, eu não sinto mais as minhas pernas”. E as forças vieram. A chuva passou, uma subida constante de mais de 2km chegou também, eu estava tão molhada que meu número soltou.... e eu fui.
 
Quando eu cheguei ao centro, por mais que eu queira eu acho que eu nunca terei palavras para dizer o que senti, eu estava há metros de superar um dos maiores desafios da minha vida. Meu GPS bateu 42.195 metros e cadê a linha de chegada? Risos. Estava ainda há 350 metros a frente, pois estava localizada bem ao centro da Piazza. Eu não sei explicar, mas eu cruzei a linha de chegada a uma velocidade de 5’22”por quilômetro. Eu acho que já era o desespero tomando conta.
 
Amigos, quando eu cruzei a linha de chegada eu gritei engasgada, a minha vida inteira passou como um flash frente aos meus olhos, meu choro gaguejava, como agora, enquanto divido minha vida com vocês. Eu agarrei aquela medalha que não me deu pódio, ela me deu mais do que qualquer pódio me daria, ela me deu força, ela me deu coragem, ela provou que eu posso, ela me aproximou do meu Pai mesmo em planos distintos, ela me fez melhor, ela me transformou. Então eu vi meu esposo e aquele abraço foi meu troféu.
 
Em 42km você revê a sua vida inteira, você discute a sua vida, você planeja, você canta, você sofre, você dança, você sorri, você chora, VOCÊ VIVE. Eu vivi cada minuto.
 
Completei a maratona em 4:10:03, um pouco além do que planejei, estou triste? De forma alguma! Estou completamente realizada. Mantive comigo: corra, se não puder mais correr, caminhe, se não puder mais caminhar, rasteje, mas não desista.” E isso guiou-me a CORRER ininterruptamente 42Km. Cada um faz seu tempo, porém o mais importante de tudo isso é a história que isso faz na sua vida. Como qualquer outro dia, este começou e terminou, não obstante, quando terminou eu era outra pessoa, uma nova pessoa, uma pessoa melhor e, agora, MARATONISTA.
 
Dediquei esta conquista ao meu Pai e a todas as pessoas que como ele sofreram e sofrem dores sorrindo. Sofrem dores que não podem controlar por apenas mais um dia de vida. Corri pela vida, corri por mim mesma, corri para destruir medos, superar limites, corri em busca dessa nova pessoa, mais forte, mais determinada que eu quero ser a cada novo dia.
 
Corri e correrei enquanto eu respirar. Correr não mudou a minha, mas sim SALVOU-ME DE MIM MESMA, ALIMENTA MINHA SANIDADE, DEU-ME UMA NOVA VIDA.
 
Quando é a próxima maratona? Ainda este ano, entre outubro e novembro.
 
Não é fácil. Vale a pena? Vale tudo. Sem dúvidas uma das maiores experiências de libertação que uma pessoa pode viver.
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Um grande abraço a todos."
 
Iana
@ianaknak
 
Correndo na Europa
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