domingo, 16 de março de 2014

A Semi de Paris - Minha Primeira Meia Maratona - Por Liana

Mais alguns detalhes e impressões sobre a Semi de Paris agora feitos pela Liana (@projetolilika21) que completou sua primeira Meia Maratona por lá!
 
¨Depois de uma lesão e meses de treino, finalmente chegou o  grande dia.
Fomos (@anakrueger- e eu) de carro na sexta feira pra Paris. A Viagem foi super tranquila e tirando o transito em Paris, chegamos bem e sem muitos atrasos.
Ficamos num hotel super bem localizado e com uma conexão de metro muito boa, pra que no dia da prova a gente não tivesse que trocar muito de metro ou viajar horas ate o local da largada.
No Sábado fomos pegar os nossos Bibs. Chegamos relativamente cedo e já fomos abordadas por uma galera da adidas pra tirar fotos. O Caminho até o parc floral e muito bonito. O Castelo de Vincennes muito lindo. Já fiquei imaginando que lindo deve ser correr por lá no verão!
Até ai tudo super bem organizado. Assim que chegamos vimos um paredão pra assinar e lá já colocamos nossos #colanasgazelas, claro. Depois fomos direto entregar nossos atestados médicos (sim, pra correr na França a pessoa tem que ter um atestado medico que tenha validade de no máximo 1 ano).  Logo após, com a convocação devidamente carimbada, fomos pegar nossos Bibs, todos separados por números e super rápido. Ganhamos uma sacolinha (ponto negativo: sacolinha de papel minuscula), e fomos pegar nossas camisetas (que também estavam separadas por Tamanho e masculino ou feminino).
A Expo era relativamente pequena. Os maiores stands eram dos principais patrocinadores como Adidas e Powerrade. Não comprei nada por lá, já que já tenho tudo que preciso. Paramos pra tirar fotos  no paredão oficial e depois fomos curtir Paris.
Depois de uma noite super mal dormida, fui me preparar pro grande dia. Mentalizei uma prova muito boa, e que tudo daria certo!
Saímos pontualmente as 8 da manhã pra tomar café da manha numa padaria perto do hotel. Fiz um mega carboload de ultima hora. Comi um croissant e uma torta de limão. São Pedro colaborou no dia, que apesar de frio estava lindamente ensolarado.
Picamos nossa mula e fomos pegar o metro. Minha nossa senhora dos corredores, que trem lotado era aquele? O M1 era a conexão até o Chateau de Vincennes e estava lotadérrimo, não cabia nem mais um cabelinho de sapo entre as pessoas.
Finalmente chegamos e depois de decidir o que vestir ( sim, porque tava difícil de decidir... passar frio enquanto espera a largada ou calor na corrida, eis a questão), fomos entregar nossas bolsas. O Guarda volume esta separado por números ( de 0 a 9, de acordo com o ultimo numero do BIB) e a entrega foi super rápida.
Últimos minutos antes de ir para nossos blocos de partida, decidimos ir ao banheiro. Bem, na minha opinião foram pouquíssimos banheiros químicos pra tanta gente. Ficamos uns 25 minutos na fila pra usar um banheiro nojentinho!
Depois de passado o trauma do banheiro, fomos pro nosso bloco de largada. Eu larguei no bloco rosa (o ultimo) e no bloco só entrava mesmo quem tinha se inscrito pra lá.
E tome esperar...as largadas foram super organizadas... Depois de quase 1 hora, chegou a minha vez. Quando meu bloco começou a andar, meu coração disparou. Pulso parada a 144 bpm. Respirei, me acalmei e fomos nos locomovendo ate a linha de largada.
Largada, tudo sob controle, pés levemente congelados. Rezando pra eu esquentar logo. No km 5 um posto de bebida, só que SEM bebida. Nosso ultimo bloco não pegou nem o resto do resto das bebidas.
Até ai tudo bem até chegar o infeliz do km 8 e foi a partir daí que meus problemas começaram. No km 8 tinha uma ladeira muito íngreme. Ela foi curta, mas foi cruel. Continuei bem. Fechei 10km em 59 minutos, nada mal. Próximo ponto de bebidas foi logo após o km 10. Dessa vez com Isotônico, água e frutas. Esse ponto achei super perigoso. A rua estava altamente escorregadia e cheia de casca de laranjas e banana. Diminui pra não escorregar.  Acho que foi a partir desse ponto que comecei a sentir a minha perna e joelho. Bateu um desespero, porque eu sabia exatamente que as dores só piorariam a partir dai. Continuei tentando não focar tanto na dor e pensando na paisagem, na morte da bezerra, enfim, em qualquer coisa que me distraísse. Diminui o pace e continuei me distraindo, mas com a dor aumentando. Andei várias vezes e infelizmente chegou o km 16, subida sem fim. Andei, parei, chorei, manquei, corri horrivelmente e fui... Na minha cabeça o mantra “ So faltam x km”. Pensei varias vezes em desistir, jogar a toalha mesmo. Em parar e pedir ajuda aos pára-medicos. Mas, como sou brasileira e não desisto nunca, segui. Pensei nos meses de treino e por tudo que passei pra chegar nesse dia. Pensei no tempo que pretendia terminar a minha primeira meia achei que não fosse conseguir. Mas continuei...O que me motivou muito a continuar foi a torcida. A Galera torcendo por você, dizendo que falta pouco, que você consegue... aquilo te dá uma força que nem sei de onde vem...
Chegaram a parte dos fotógrafos, juntei todas a minhas forcas pra tirar uma foto sorrindo decentemente.
Últimos metros, finalmente chegada. Depois que cheguei e recebi minha medalha me desandei a chorar. Chorei muito, não tanto pela dor, mas pela frustração, pelo medo de passar meses lesionada novamente.
Recebemos um poncho pra nos aquecermos, água, isotônico, frutas.
 
Minha impressão final é a seguinte: A organização da meia de PariS tem mais pontos positivos que negativos. Se eu faria de novo: Não, acredito que não.
Só gostaria de agradecer a “ma amie Kika” pelo ombro amigo pra eu me debulhar em lagrimas depois da chegada e por me mostrar um lado de Paris que eu ainda não conhecia."


 
Um Beijo a todas
Lili
@projetolilika21k
#colanasgazelas
#projetolilika21k

Correndo na Europa
@correndonaeuropa
#correndonaeuropa
 

Um comentário:

  1. Oi, gostei muito de ler sua experiência. Mas não entendi bem porque vc não faria novamente...

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