A Maratona de Paris - As Impressões de outras corredoras!

E quase um mês já se passou depois do meu Grande Dia! A Maratona de Paris! Nesse meio tempo já rolou o sorteio para as vagas da corrida no ano que vem e vi que muita gente querida foi sorteada pra fazer a prova!
Como várias pessoas me pediram mais detalhes sobre a Maratona decidi fazer um Post especial sobre ela, mas agora com o ponto de vista de outras amigas queridas que também correram ( afinal, a minha opinião está toda no longo Post que eu fiz recentemente sobre a Minha Primeira Maratona).
Eu fiz 5 perguntas e cada uma delas deu sua opinião, vale a pena Ler!
Abaixo segue uma introdução para que vocês conheçam cada uma delas.

Maria Rosária Parise (@mariarosariaparise) - Mora no RJ e foi pra Paris fazer sua segunda maratona.

Fabiana Guerra (@farobs) - Mora em SP e foi pra Paris fazer sua terceira maratona.

Mariana Lauar (@marilauarbh) - Mora em BH e foi pra Paris fazer sua segunda maratona

Andrea Vidal (@andreavidal) - Mora em BH e foi pra Paris fazer sua sexta Maratona.

*Qual o momento mais marcante da prova toda para você?

"O momento mais marcante foi quando cheguei a Paris e avistei o Arco do Triunfo e pensei: eu vim até aqui para correr a Maratona dos meus sonhos.....Paris! Fiquei extremamente emocionada...No dia anterior a prova senti dores na canela e minha lombar doía muito...puro emocional, estava muito tensa e muito ansiosa."Maria Rosária Parise (@mariarosariaparise)


 "O momento mais marcante foi quando entramos para correr ao lado do Rio Sena fiquei bem emocionada ali estava bem e a vista para a torre foi fantástica chorei muito."
Fabiana Guerra (@farobs)

"Tive dois momentos mais marcantes na maratona, o primeiro foi na metade da prova quando vi que meu ritmo tinha caído me desesperei totalmente, minha cabeça desandou e pensei por uma fração de segundos em desistir. Mas ai você pensa em tudo que você fez pra chegar ate ali, todo o esforço e dedicação, e então desisti de desistir, isso me marcou muito!!! O segundo momento foi na chegada, quando percebi que realmente eu não me perdoaria se tivesse desistido!!!"
Mariana Lauar (@marilauarbh)

¨Na hora que vi o Arco do Triunfo na chegada, achei lindo, emocionante!"
Andrea Vidal (@adreavidal)

*O que você sentiu na largada e na chegada?

"Na largada fui feliz,e tinha certeza q faria uma grande prova.... e na chegada Champs Elysées lotada, mais emoção!"
Maria Rosária Parise (@mariarosariaparise)

 "Na largada era muita emoção misturada com euforia medo ansiedade um filme passou na minha cabeça olha onde eu estou onde eu cheguei essa maratona em especial era um sonho meu!!!
Na chegada era emoção com muita gratidão feliz da vida corria a maratona dos meus sonhos posso não ter feito o melhor pace o meu melhor tempo mas o tempo do tamanho do meu sonho!!!"
Fabiana Guerra (@farobs)

 ¨Na largada senti muuuuuita emoção e agradeci a Deus por me dar o privilégio de estar ali. Na chegada, senti um misto de emoções: alivio por acabar uma prova tão sofrida pra mim e felicidade de ter sido forte e não ter desistido quando na verdade eu tinha que ser forte!!"
Mariana Lauar (@marilauarbh)

"Muita emoção, completar uma Maratona sempre mexe com a gente, felicidade única!"
Andrea Vidal(@andreavidal)

*Você recomendaria a prova a alguém? Se sim, por quê?

"Recomendo essa maratona para todos que correm! É uma prova que faria de novo tranquilamente...amei mil vezes! Organizada, animada com muita gente na rua prestigiando....perfeita! "
Maria Rosária Parise (@mariarosariaparise)

"Recomendaria sim, a prova é linda maravilhosa apesar do atraso da largada o tumulto nos postos de hidratação tudo fluiu bem o público assistindo e incentivando durante os 42,195 é de arrepiar percurso confortável umas subidas e descidas leves parques lindos recomendo."
Fabiana Guerra (@farobs)

"Recomendaria sim, mas admito que pra mim houveram falhas: água de 5 em 5km e também, os últimos kms da prova, os mais cansativos, num lugar sem atrativo nenhum com pouca torcida, o que seria desnecessário, já que Paris e maravilhosa!!!!! Acho que ficou muito monótono!!"
Mariana Lauar (@marilauarbh)

" Não recomendaria. A organização deixou muito a desejar. Foi minha sexta Maratona, já fiz duas majors : Chicago e Berlin, nem se compara.
Água só de 5 em 5km e só de um lado da rua, só um ponto de Gatorade e muito, muito cheia.
E os Kms finais dentro de um parque com quase nenhum público...sem falar que não tem fotógrafos na hora que passamos perto da Torre Eiffel, fiquei realmente decepcionada."
Andrea Vidal(@andreavidal)

*Que conselhos você daria para as pessoas que estão se programando para correr essa prova no ano que vem?

"Recomendo muito treino, muito mesmo...no estilo planilha dada planilha cumprida! Correr maratona não é nada fácil, mas se a pessoa estiver preparada irá concluir com certeza! Todos são capazes de terminar...independente do tempo"
Maria Rosária Parise (@mariarosariaparise)

¨Quando se decide correr uma maratona exige muita dedicação ...os objetivos de cada um são muito pessoais, mas recomendo se divertir sempre...para ser gostoso treinar. Treinar sempre com orientação profissional para os treinos para hidratação. Ter acompanhamento nutricional trabalho preventivo para evitar lesões e ser feliz leve.."
Fabiana Guerra (@farobs)

¨Meu conselho é pra qualquer pessoa que se prepara para uma maratona: queira muuuuuuito correr uma maratona, porque só assim você vai resistir aos treinos árduos, as madrugadas que a gente tem que acordar pra correr, dieta, finais de semana dormindo cedo, encontrar menos os amigos etc...são inúmeras renuncias que se faz, por isso é preciso querer muito!!
E Paris é maravilhosa, o percurso lindo, tem q ir pra aproveitar  e agradecer um momento tão lindo!! Espero que a organização reveja algumas coisas que, na minha opinião, podem ser melhoradas!!" Mariana Lauar (@marilauarbh) 
"Se preparem pra correr o tempo todo com muita gente do seu lado e aproveitem a vista que é perfeita!"
Andrea Vidal(@andreavidal)

*Qual o seu próximo grande objetivo?

¨Meu próximo objetivo será a Maratona de New York 2 de novembro!
Bons treinos a todos e força na peruca....!"
Maria Rosária Parise (@mariarosariaparise)

¨Cruzei a linha e continuei com uma maratona por dia, maratona internacional é assim tem que correr e aproveitar a viagem! Foi fantástico, mas cansativo.... agora voltar a rotina de trabalho família na busca de sonhos realizações pessoais!!! 2014 está ai em aberto na corrida ainda preciso ver o que vou fazer mas acho que de imediato vou tentar buscar meu melhor tempo de 10km assim que conseguir retomar os treinos!!!"
Fabiana Guerra (@farobs)

"O meu objetivo por enquanto é o mesmo que tinha antes: correr pra sempre e feliz!!!"
Mariana Lauar (@marilauarbh)

" Agora rumo a Comrades, minha primeira Ultramaratona, 89km morro abaixo na África do Sul. Espero que tudo dê certo!"
Andrea Vidal(@andreavidal)


Muito Obrigada Meninas!
E uma linda prova pra quem for correr Paris em 2015!!!

 

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A Meia Maratona de Lisboa - Por Christophe Jordão ( @quantys)

  E o post de hoje é mais uma vez do querido Christophe Jordão, Português que mora em Luxemburgo e ama correr, está sempre fazendo 21kms ao longo da Europa. E ele teve o privilégio de correr nessa cidade que eu conheci na última semana e além de ser linda, respira corrida: Lisboa!

 No relato abaixo ele conta pra nós como foi a experiência da Meia Maratona de Lisboa que aconteceu no último dia 16 de Março!

  

 "A preparaçao para a meia maratona de a Lisboa já começou mal antes de chegarmos em Portugal..fui para lá doente.
Dormimos só 2h, eu,meu irmão e o nosso coach e amigo Hugo, pegamos o avião com destino a Porto e chegamos lá as 9h da manhã do sábado. Alugamos um carro e partimos para Lisboa.

Chegando lá fomos direto buscar os dorsais para a Meia Maratona EDP de Lisboa 2014.

A organização da corrida instalou-se em Belém, perto da Torre do mesmo nome com uma enorme tenda com os patrocinadores cobrindo a maioria do visual por volta do recinto.
Outra vez a Adidas estava bem presente, tal como em Roma para apresentar as sua linha Adidas Boost.                                

 

 Para retirar os dorsais, os stands estavam divididos em duas filas, do lado esquerdo eram as inscrições por internet, e do lado direito as inscrições das pessoas que passaram pelo banco patrocinador, o BANIF. Sorte nossa de termos um vizinho que mora em Portugal e que fez as nossas inscrições por esse banco. Resultado: 16€ por pessoa e não 35€ por pessoa, que foi quanto custou a inscrição online.

 

Além do dorsal também recebemos uma camiseta cinza da Adidas com a ponte 25 de abril desenhada.

 

Depois demos uma volta na tenda aonde outras marcas estavam representadas. (Compressport, Sportzone, Rock´n Roll Marathon, entre outras).

                                 

 

 

                                  

Saindo da tenda, fomos ao menos comer alguma coisa num restaurante bem português em Lisboa, com um preço muito accessível, e bem servido.

 

Quando a gente visita Lisboa uma passagem obrigatória é na Loja dos Pastéis de Belém, mesmo sem fome consegui comer. Foram dois para mim e dois para o meu irmão.

Depois disso finalmente fomos ao Hotel tentar descansar, depois de estar tantas horas sem descanso.

                                     

Resumindo, eu estava muito cansado e um pouco doente, com indisposição estomacal e dor de cabeça. Já estava vendo a minha meia maratona de Lisboa indo por água abaixo, e os meus 1h39 que pensava em fazer neste  percurso também.

Meu irmão até me disse que o melhor era não correr, e desistir da participação na corrida, que com o calor que ia estar seria pior.
Ele tinha razão certamente seria melhor para minha saúde naquele momento, mas na minha determinação era fora de questão abandonar, eu estava obstinado a trazer a medalha para Luxemburgo!

                                        

Depois de uma noite curta de sono para não falhar ao costume antes de uma meia maratona, a manhã seguinte tomamos o café da manhã no hotel antes de caminharmos perto das 8h em direção ao Cristo Rei português.

A partida da meia maratona realiza-se um pouco antes da ponte 25 de Abril na cidade de Almada.
O trafego é parado a partir das 9h30, uma hora antes da largada dos corredores as 10h30.
Os corredores de Elite, que deviam ser uns 100-200, são os corredores que correm os 21km a baixo de uma hora e trinta minutos. 

                                      

Já nós e todos os corredores da categoria normal estávamos a uns 50 metros de distância deles, bloqueados por os seguranças.

Mais uma vez, e com uma organização que se orgulhou de ter mais 37.000 participantes, todos os corredores largaram ao mesmo tempo. Por sorte nós três, tínhamos chegado cedo para ter lugares a frente da linha de partida. Os VIP que são os corredores que correm a baixo de 1h15 e federados, não atravessaram a ponte, ficaram do lado lisboeta, e tiveram um caminho diferente do nosso.

                                 

Depois da cerimônia de abertura foi dada a largada...e partimos todos sobre um calor estrondoso.  Eu sabia que passando por cima da ponte 25 de abril, com vista magnifica sobre o Tejo até chegar a Lisboa seria uma descida por isso aproveitei esses primeiros 5km para tentar buscar meu objetivo de baixar o tempo. 

 
Coisa que fiz, batendo o meu record dos 5km ficando em 21min25.
Depois desses 5km jamais consegui recuperar um pace como se deve, estando em condições lamentáveis para correr.
A distribuição das bebidas foi ótima, a cada 5 quilômetros os voluntários distribuíram garrafinhas de água, como eu gosto, e Powerade azul nos 15km. No KM17 distribuíram fruta, como banana e laranjas.
Depois de uma corrida, aonde, nunca me lembro ter bebido tanto e tendo descido a um pace a cima de 6´/Km cruzei a linha de chegada com as dores de barriga e de cabeça.

O meu tempo ? 1h51min09s com um pace medio de 5:14/km. Nao foi mau no estado que estava, mas não posso dizer que estava satisfeito.
 

                                 

Depois de chegar passamos por um parque, onde distribuíram o saco de recuperação com artigos alimentares e uma água, passando por um stand da Olà (Kibon no Brasil) e lá estavam oferecendo um gelado Magnum. Um coach com musica também estava presente para ajudar os corredores que o desejavam para fazer streching, tanto como massagistas que aliviavam a dor das pernas.

                                 



                                    

Em conclusão, assim como a meia maratona Sportzone do Porto em 2013, lamento a largada toda junta dos corredores, pelo menos quando se junta tanta gente num evento destes.
Além disso no fim da corrida a passagem da saída foi muito estreita para sair do recinto da chegada e a distribuição de frutas foi muito tardia.
Como pontos positivos destaco o ambiente com música ao longo dos 21km e muita boa coisa na chegada, para comer e beber. O ambiente e boa disposição estavam também presentes!

Para mim até agora Lisboa tem a mais bonita medalha que pude ter a volta do meu pescoço."

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A Maratona de Rotterdam - Simone Westerduim estreando nos 42km

E hoje o post é sobre a Primeira Maratona da nossa colunista Simone Westerduin que tem asinhas nos pés!!! A mulher voa e tem uma resistência física absurda!! Si, parabéns pela Maratona você é uma guerreira!!!!

"Eu acho legal escrever sobre a última corrida assim no calor do momento. A prova da semana passada vai virar tatuagem com o meu tempo e data - minha primeira maratona aconteceu em um momento onde a minha vida passa por um turbilhão de emoções de todos os tipos. Pela primeira vez eu ouvi da família holandesa e da brasileira que talvez eu não devesse correr. Problemas a parte, eles não vem ao caso porque agora tá feito, vim, vi e venci a minha própria meta. É hora de contar como foi a Maratona de Roterdam.
Eu me dei a inscrição da Maratona de Roterdam de presente de Natal. Na época a idéia era que isso me motivasse a continuar treinando durante o inverno devido as crises do Fenômeno de Raynaud. O que não aconteceu. Esse inverno não consegui treinar fora da esteira e mesmo assim não era todo dia que eu tinha condições de ir até a academia  com os meus dedos dos pés e das mãos completamente roxos e uma dor insuportavél. De Novembro até a época que viajei ao Brasil em Março foram pouquíssimos treinos, curtos e a maioria na esteira. Como eu não tinha treinador, nunca segui planilha e sempre corri "na loucura" eu bolei por conta própria um treino de super intensidade para esteira. Com esse treino eu planejava pelo menos manter um condicionamento razoável durante o inverno e ir na cara e coragem pra maratona, sem ter feito sequer um longo maior que 18k por quase 4 meses.

Eu sou completamente caótica pra me organizar com agendas de provas, pesquisar alimentação pré maratona, se eu deveria fazer alguma preparação especial... Na semana passada a ficha caiu e eu dei um pulinho na loja da Runners World aqui do meu bairro e fui pedir dicas. Sai de lá com 5 envelopes de gel de carboidratos e o conselho era comer bastante pasta, arroz e pão 3 dias antes da prova, tomar um café reforçado e 30 min antes da prova algo doce pra dar um pico de energia. Levei o conselho ao pé da letra.  Estava jantando e almoçando pão até e sobremesa, não posso reclamar, amei fazer o tal do carb-loading. No noite anterior organizamos um macarronada aqui em casa com um outro amigo vegano que ia correr a prova. Na manhã da prova comi uma baguete gigante com hummus, 30min antes da largada eu parei pra tomar um cappuccino de soja com caramelo, bem doce e me dirigi pra largada.
Larguei!
Por incrível que pareça, toda a ansiedade desapareceu no momento da largada. Larguei em paz e logo achei o pace que me levou quase até  final. Quando eu vi que tinha gás, fechei os últimos 3km com 4.49k/p. Foi difícil segurar o pace durante a prova, parecia confortável demais e eu odeio zona de conforto. Eu gosto é de correr no limite, mas era minha primeira maratona e eu decidi ter um pouco de juízo e tentar pelo menos terminar em 4h. Uma vez ou outra eu dava uma olhada no relógio pra fazer um cálculo mental do meu tempo. O meu monitor cardíaco parou de funcionar logo na largada.

A rota é linda, a prova passa 2x pela ponte Erasmus, pela área portuária, as casas cúbicas, entra pelo subúrbio... É uma prova bem urbana, o tempo todo você corre na cidade, bem diferente das últimas que fiz pelas dunas, floresta, estradas de terra. Eu curto mais correr nas cidades, adoro ver o movimento. As provas no meio da natureza tem sua beleza, mas tem uma hora que enjoa ver 15km de areia de praia.

As pessoas com quem conversei (inclusive no meu trabalho) e artigos que li todos mencionavam a tal da "wall". Alguns aos 30k, outros aos 33, 37, 40k e eu pensei muito sobre isso durante a prova. Como até ontem eu só havia feito meias maratonas, a curiosidade era saber como era passar os 21k e continuar correndo por mais 21! Eu pensava na barreira mental porque as pernas eu sabia que davam conta. Eu entro em transe quando estou correndo, tanto que eu me lembro de ter visto a plaquinha do km 18 e  quando abri os olhos lá estava a placa do km 27. Eu pensei que poderia ter errado o caminho, que algo tinha acontecido, mas na real eu corri quase 10k sem notar e sem tomar os gel de carbs que havia trazido, ai tomei 2 de uma vez só!!! rss
Aos 30k eu estava inteira, aos 33 nem cheiro de "wall" e quando eu vi a marca dos 37 eu senti que era hora de dar um gás. Acelerei o passo e entre o 37 e o 40k tomei outros 2 gel de carboidrato. A recomendação era tomar 1 a cada 7km, mas não vi necessidade. Tomei quando senti que tinha que tomar. Bebi água 4x apenas. A temperatura era de 11graus e eu não suei tanto mas havia barraquinhas com espojas pra hidratar (do jeito que eu sinto frio eu passei longe delas). O único desconforto que senti durante a prova foi a vontade de querer ir ao banheiro desde o km 6, vira e mexe durante a prova a coisa ia piorando.
Quando eu cruzei a linha de chegada e olhei o monitor marcar 3:54:15 eu senti que ter contrariado todo mundo e não ter desistido da minha primeira maratona valeu a pena. Foi aquele sentimento de: é isso mesmo? Eu corri 42km?? O engraçado é que uns treinos que eu faço na esteira me detonam mais do que a própria maratona ..... Deu pra dar a sambadinha tradição, ir atrás de um banheiro urgente, sentar no bar pra tomar uma cerveja e pegar o metro pra casa. Alma lavada e dever cumprido. Eu sou maratonista!

Próximas provas: dia 15 de Maio tem a Meia Maratona de Hoorn, 01 de Junho a Meia Maratona de Monickedam e em Outubro a Maratona de Amsterdam onde a ideia é bater os 3h50min. Entre essas provas eu vou encaixar outras menores. Em Maio eu venho contar sobre como é finalmente ter um treinador.
Beijão a todos!!!"
Simone Westerduim
@scwesterduim

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Stramilano - Meia Maratona de Milão - Por Felipe Hissa Coelho

O Post de hoje foi feito pelo Felipe Hissa Coelho @drfelipehissacoelho. Ele treina com a mesma Assessoria que eu e consigo acompanhar os treinamentos árduos dele pelo Instagram. Ele está se preparando para correr a Maratona de Berlim em Setembro, mas veio passear um pouco pela Itália em Março e correu a Stramilano - Meia Maratona da cidade de Milão. Ele conta agora como foi a experiência dele e fala dos pontos positivos e negativos da prova!

"Meia Maratona de Milão (Stramilano Half Marathon 23/03/14)

A Stramilano é um dos eventos de corrida mais tradicionais na cidade de Milão,  com 03 tipos de provas diferentes:  os 10Km que participam aproximadamente 50 mil pessoas, é sem limite de tempo, no entanto, não possui cronometragem oficial,  os 5km infantil e a Stramilano Agonista Internacional (Meia Maratona Internacional). O evento é levado bastante a sério pela população de Milão, tanto que  promove treinos aos domingos que antecedem a prova. Antigamente só era permitida a inscrição na meia maratona de corredores filiados a federação internacional ou Italiana de Atletismo, ou seja, apenas atletas que treinavam em equipes podiam correr. Atualmente permite-se inscrição de atletas sem filiação desde que façam um seguro saúde (7 euros na inscrição), e levem atestado médico.

Chegamos na Sexta feira por volta das 16:00 em Milão, vindo de Recife em uma viagem que durou mais de 24 horas. Inicialmente iria correr a maratona de Roma que foi realizada no mesmo dia, no entanto, junto com minha assessoria, decidimos por realizar no 1 semestre apenas meias para ganhar velocidade e correr a maratona de Berlim em Setembro com força total.

Retirada do Kit:

Fui direto ao Centro Stramilano, pegar meu Kit. Um Galpão tímido, porém bem localizado, ao lado da Piazza Duomo de Milão. Talvez um dos pontos negativos da prova é a ausência de expositores, de Esportes. Apenas o Patrocindor  principal com um pequeno local de venda e avaliação de tipo de pisada em que tudo era vendido com 20% de desconto em relação a loja, no entanto eram poucas opções. Os outros expositores eram alguns alimentos e produtos de beleza.

 Não tinha fila para pegar o Kit.  Ao chegar no Local percebi que era uma prova bem local, com poucas pessoas de outros países. ( ao todo foram 7 Brasileiros apenas). Tive um problema na hora de retirar meu kit pois não havia pago meu seguro de 7 euros e voluntário não sabia falar inglês,  muito menos eu Italiano. Tão logo conseguimos um voluntário bilíngue, tudo foi esclarecido e paguei o seguro lá mesmo. O Kit constava de um Número de Peito, com o Chip fixado nele, uma camisa da prova, orientações da largada, 2 adesivos com numero do atleta para colocar na bolsa caso fosse utilizado o guarda volume isotônico e um queijo miniatura do patrocinador.

Dia da Prova:

A Largada acontece em um horário atípico, as 11 da manhã, talvez para não coincidir com a prova de 10km. A temperatura estava próxima a 8-10 graus, no entanto, o começo da prova estava um pouco chuvoso o que me fez sofrer desde que sai do meu hotel localizado a 2km do local de largada e fui andando pelas ruas apesar de estar usando o Manguito que havia comprado na véspera para me proteger e o gorro. Um Erro testar qualquer coisa no dia da prova, no entanto, foi a primeira vez que necessitei utilizar algo a mais que camiseta e Short para proteger-me do frio.  O Fato é me arrependi de não ter ido de casaco ou levado um saco de lixo do Brasil para me proteger. 

 

A Largada é feita por ondas de acordo com o tempo previsto para terminar a prova, informado no ato da na inscrição. Inicialmente, estava em um bloco mais atrás, no entanto, após a última meia que fiz, meu tempo melhorou e solicitei por e-mail a mudança e fui para o bloco entre 1:30’ e 1:40’. A Largada ocorreu pontualmente e embora não houvesse fiscalização, observei que os corredores respeitaram suas ondas. A prova conta com Pacers, para alguns tempos, dentre eles 1:30’ e 1h:40’.O pacer de 1h:30 estava no bloco minha frente, portanto, o sonho que tinha de acompanhar esse “coelho” foi logo desfeito.

 

  Achei apenas os 2 primeiros Km muito tumultuados e presenciei a queda de 2 atletas, mas nada que atrapalhasse muito a minha programação de fazer os 2 primeiros km no Pace de 4:50. O Restante do percurso, não há problema e é possível correr com tranquilidade pelas ruas principais de Milano em um percurso plano e muito bonito.  Os Pontos de Hidratação são a cada 5Km, e achei apenas o primeiro muito pequeno para a quantidade de gente, de modo que me atrapalhei e passei direto pensando em pegar água apenas na última mesa, o que não foi possível. Por sinal, para quem reclama de tomar água de copinho aberto, essa prova é perfeita, pois a água é fornecida em garrafinhas de 500ml já abertas.

Com objetivo de terminar a meia maratona em 1:40´:15”, fiz os 5K iniciais em 23´:20”, um minuto mais rápido do que minha estratégia inicial. Senti confiança e achei que era hora de acelerar mais e ver o que podia garimpar nessa prova. Já havia retirado o manguito e o gorro, pois já estava sentindo calor. Consegui passar nos 10Km em 45’:34” batendo meu recorde pessoal em 10Km (Anterior era 49:34).

A Partir do 10km comecei a me sentir progressivamente muito cansado e não conseguia mais desenvolver com facilidade a velocidade da primeira metade da prova, bateu um mal estar e fadiga, fui perdendo um pouco de velocidade e cruzei 15km em 1h:08’15”.

 

Fiquei tranquilo em reduzir um pouco para garantir terminar a prova pois já estava 4 minutos de folga em relação ao planejado. Desse modo fui tentando reduzir o mínimo possível, foram 6km sofridos,  mas consegui. Não teve Sprint final pois meu limite já havia sido alcançado.

 O Bacana dessa prova é terminar dentro de uma pista de Atletismo os metros finais, e quando estamos perto de entrar na Arena, muita gente estimulando você.  Desse modo cruzei a chegada em 1h:35’52” extremamente cansado mas com dever cumprido e novo Recorde Pessoal alcançado. A Medalha achei muito simples para uma meia maratona, mas não menos importante para mim.  No final frutas água e Gatorade, a vontade.  

 

372 - COELHO FELIPE    MPR

	Distanza	Pos.	Pos. M/F	Pos. Cat.	Tempo	Parziale	min/Km
5° km	5000	1365	1296	212	00:23:20		4.40
10° km	10000	1267	1206	204	00:45:34	00:22:13	4.33
15° km	15000	1164	1112	194	01:08:15	00:22:40	4.33
Arrivo	21097	1106	1058	190	01:35:52	00:27:37	4.32

Pontos Positivos:  Organização , temperatura ideal, largada por ondas e percurso plano. Inscrição com preço justo (aproximadamente 22 euros)

Pontos Negativos: Centro da Stramilano sem expositores e os primeiros Km de prova um pouco tumultuados, mas nada que atrapalhe.

Conclusão: Excelente opção de  prova para quem quer bater tempo e não gosta da badalação das grandes meias espalhadas pelo mundo. "


Felipe Hissa Coelho
@drfelipehissacoelho

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Correndo na Europa e no Brasil! - Por SIMONE WESTERDUIM

O post de hoje é um pouco diferente! Não é pra falar de nenhuma corrida na Europa, mas sim pra contar a experiência que a nossa colunista querida, Simone, teve durante suas férias correndo no Brasil.
O post dela conta um pouco das diferenças entre correr aqui na Europa e correr por lá e ela fala um pouco sobre a impressão que ele teve sobre como a corrida está dominando cada vez mais a vida dos Brazucas, coisa que alguns anos atrás não era assim tão forte!
Vale a pena ler!
Aproveito pra deixar aqui o meu desejo de BOA SORTE pra Si que Domingo vai correr a sua primeira Maratona em Rotterdam!
Si, vai lá e arrasa!!!!!!! :)

"Eu comecei a correr na Europa há pouco mais de 2 anos.
Já contei aqui que fui diagnosticada com diabetes, era obesa, sendetária, tinha pressão alta... tudo isso aos 27 anos, eu era uma bomba relógio.
Foi um médico holandês que meu deu um chute na bunda que literalmente me jogou no mundo das corridas. Nesses últimos dois anos toda vez que vou ao Brasil de férias aproveito para treinar e manter o ritmo já para iniciar a temporada na Europa.
Não vou dizer que é fácil correr em São Paulo. É calçada esburacada, carros, lixo, gente apressada logo pela manhã. Eu sempre vou  ao Brasil no verão, escapando do fim do inverno europeu e correr no verão brasileiro só acordando bem cedinho (confesso que entre correr no frio ou no calor do Senegal que fazia no Brasil eu lido melhor com meus miolos derretendo do que abaixo de 0C congelando meus pulmões). Voltando ao assunto, não é fácil encontrar um lugal legal pra correr. Ano passado eu treinei em uma ladeira, dava medo só de olhar. A primeira vez que eu tentei subi-la, senti as pernas queimarem, falta de ar... achei que ia ter um treco. No outro dia lá estava eu novamente subindo a ladeira, dessa vez 2x. Fiz isso pelas 3 semanas que fiquei no Brasil. Na ultima semana eu já subia e descia a ladeira 12x e voltei pra Holanda com um condicionamento incrivél. No início das férias eu corria entre 14-18k. Voltei correndo distâncias entre 30k e 33k. Eu super recomendo treino com inclinação para melhorar o condicionamento em um curto periodo de tempo. Um dia venho contar melhor sobre isso.
Esse ano treinei menos. Fui visitar a familia em outros estados, meus pais planejaram várias atividades e eu conseguia no máximo correr umas 3x por semana mas dessa vez eu consegui fazer algo que queria muito: conhecer as #instafriends corredoras e várias outras pessoas que a internet colocou na minha vida. Pessoas incrivéis que enchem meu dia de energia, mesmo na escuridão do inverno por aqui, quando dá aquela preguiça de treinar #tamojuntas na irmandade que é a corrida nas nossas vidas.
A primeira corrida que tive o prazer de participar foi o anivérsario de 1 ano blog das http://divasquecorrem.com. Eu ainda lembro no ano passado quando eu e a Ana Krueger estavamos na Meia de Amsterdam e vimos algumas meninas com a camiseta do Divas. Eu não tinha idéia do que era, cheguei em casa e fui "googlar" e não parei mais de seguir. Foi um prazer conhecer a Giselli Souza e participar da festa animada das divas. A corrida foi na USP bem cedinho. Na hora da largada caiu uma chuva enorme, divamos na chuva mesmo. Deveriam ser 10k, encurtamos pra 8k. Tudo super organizado, camisetas, bolo, docinhos, drinks, sorteios... Desejo muito sucesso  nesse projeto lindo da Giselli e espero encontra-la novamente por ai correndo pelo mundo.

 

O segundo evento que participei dá até um arrepio em falar. Nem acreditei quando estava para viajar e vi no http://blogdadebs.com.br sobre a "Corra pela vida e fui logo me inscrevendo. O próposito era valorizar a autoestima feminina. Além da Debs, a Paula Narvaez do http://correpaula.com e a Gabi Mansur também participaram da iniciativa que fazia parte da comemoração do Dia Internacional da Mulher encorajando mulheres a denunciar atos de violência doméstica, respeito as diferenças e a e a luta contra o cancêr de mama.  Fui com meu pai (que aliás merece um agradecimento do fundo do coração. Acordou as 4 da manhã nos finais de semana pra me levar nos eventos, segurou bolsas, torceu, tirou fotos de todo mundo e me apresentou já como maratonista quando eu ainda nem corri a minha primeira corrida LOL).

Acho que todo mundo sabe que a Debs é uma das maiores inspirações pra nós aqui do Correndo na Europa. Quando eu cheguei a USP no sábado cedinho e vi a Debs saindo do carro, literalmente sai correndo e dei um pulo no pescoço dela. E não é que ela me reconheceu? <3 Ai foi tietagem mesmo, tirei foto, abracei novamente. Que emoção!

Depois foi um encontrão histórico. Conheci muita gente e o mais impressionante foi ser reconhecida também. Muitos vieram até mim pra contar que me segue no instagram, que faz as minhas receitas, que torcem pelas minha corridas. Só tenho a agradecer todos os abraços de pessoas desconhecidas que de alguma forma torcem e compartilham a nossa paixão pela corrida mesmo de longe. Eu não imaginava tudo isso.
Fui um prazer ajudar a organizar as filas, distribuir senha dos kits e da premiação. Encontrei a Ana Krueger também no Brasil, muita fofurice com a Thá Chanoft e a Camila Viera, pra não citar todas as outras meninas do #cmteam e a Cuca Martins do Projeto Mestre Cuca que é ainda mais linda pessoalmente. Me desculpem não citar o nome de todo mundo, mas as fotos mostram um pouco da vibe gostosa que foi o #correrpelavida. A corrida teve sorteio do brindes, brincadeiras, discurso, lágrimas e deixou a certeza de que todas nós somos iguais, merecemos respeito e vamos chegar a onde queremos (correndo!)

 

Tentei também participar da WRun, mas estava tão cansada da sequência de andar o dia todo, correr e fuso horário que acabei perdendo a hora. Fiquei triste porque era dia de conhecer as #pinkcheecks. Vai ficar pra próxima, no ano que vem me organizo melhor.
O legal foi ver que a corrida está com tudo no Brasil, acho que até mais representada do que aqui na Europa. Que mesmo com a dificuldade de lugares pra treinar, segurança, alto preço das taxas de inscrição, as meninas não desistem de treinar.
Agora é lidar com o frio na barriga da primeira maratona. Rotterdam esse final de semana! "

Simone Westerduim
@scwesterduim

Correndo na Europa
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